Enigma da vida
Seu tecido de estampas desiguais,
me parecem ter formas e reformas.
Seus buracos, entranhas por entre dias,
me parecem ser e são muitas armadilhas.
Suas mil caras pintadas pelo mundo,
mostra-me rugas em caras de crianças.
Sua entradas, suas saídas e seus meios,
me parecem ter sentidos interiores e extrangeiros.
A vida tem sentido?
A vida tem razão?
Se me acanho com essas perguntas,
caio em profunda depressão.
Suas portas estão abertas,
mas os pés estão para trás.
Falta-me coragem e compreensão,
falta-me identidade e um coração.
Mas não é só isso que me falta não.
A batalha está perdida, mas a guerra não.
Os perigos estão expostos em postos de ajuda,
e os curativos oferecidos ainda mais me machuca.
Não há como não sair daqui ferido,
por onde vou , pra onde terei eu que ir?
A vida está no começo e sei que o meio,
será o inicio de um fim?
Isso foi me dado e isso vou seguir,
então vou tentar o melhor fazer.
Vou disputar as batalhas, mergulhar de peito,
assim sendo sei que vou a vida vencer.
E assim vou seguir de pé em campos minados,
sei que vou muitas vezes sair machucado.
Mas vou lutar e seguir a frente,
levando como exemplo o esquecido passado.
E vou assim tentar descobrir,
o que a vida tem a me dizer.
E vou tentar tudo nela desvendar,
mas tem coisas que não quero nem saber.
Mas o que conseguir descobrir me trará felicidade,
e quando souber vou vir aqui te falar.
Para lhe mostrar os caminhos da vida,
tenho certeza que esse não é difícil se juntos estivermos a andar.
Poesia escrita em 25/01/1999
abraços poéticos...Fer