ASSUMO-ME

ASSUMO-ME

Hoje eu me penitencio

pelos pecados que eu não cometi

pelo comodismo, pela dor e o vazio

pela submissão que eu me permiti

Hoje eu rasgo o meu passado

faço dele mil pedaços

e com tudo o que me foi negado

enterro também os meus fracassos

Hoje eu aborto o meu sofrimento

esvazio-me de minhas mágoas

farei meu próprio renascimento

nascerei em novas águas

Hoje eu lavo o meu ser

e não me cobrarei mais nada

vou me vestir de esperança e viver

mudar a minha estrada

Aos meus passos darei rumo

serei a única dona de mim

se errar novamente, eu assumo

só não mais viverei assim

Fugindo de mim e do mundo

negando-me o direito de ser feliz

de hoje em diante eu me sujeito a tudo

mas serei eu, do jeito que eu sempre quis

Célia Jardim

Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 26/11/2009
Código do texto: T1945156
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