BÚSSOLA

Cansada, sofrida, solitária

eu vou a tua procua.

A fronte suada,

os pés ganhando desesperadamente

a estrada,

o coração doído pela busca vã.

A claridade se extinguiu,

o dia se fez trevas,

as sombras me perseguem,

o medo me invade

e eu me sinto tremer.

O frio se faz intenso,

a chuva molha meu corpo,

olhos furtivos me seguem,

zombam do meu sonho

e eu não desisto.

Que me importa o sol escaldante

do dia?

Eu nem o sinto.

E o frio gélido da noite

eu ignoro.

Que me importa a fadiga,

a dor, o desespero?

Eles nada são comparados ao meu desejo.

Tudo e todos me abandonam

mas não me sinto sozinha:

a tua imagem orienta minha busca.

Giustina
Enviado por Giustina em 24/11/2009
Reeditado em 24/11/2009
Código do texto: T1940561
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