SOLIDÃO
E o homem sentiu-se tão só...
Peito amargurado...
Perda irreparável...
Para onde foram os seus planos de vida?
Que fim levou o brilho do seu olhar?
Como pôde se apagar o sorriso de sua alma?
Nesse momento,
Só lhe restava a tristeza...
Chorar quase não mais podia...
Mesmo porque,
Todo o pranto não seria suficiente
Para aliviar o seu sofrimento,
Nem dissolver suas mágoas,
Nem diluir suas angústias...
Ficar ali parado, saturado de lamentações,
Também não fazia mais sentido...
Inquieto,
Desejava fugir de si mesmo...
E pôs-se a andar...
Para onde, não sabia...
Mas algo haveria de lhe surgir no caminho,
A responder suas dúvidas,
A tranquilizar seu coração
Que, de tão teimoso,
Ainda tinha uma leve esperança de ser feliz...