SEMPRE QUANDO FECHO OS OLHOS...

Sempre quando fecho os olhos,

Uma negra nuvem me envolve

Pressionando cada átomo de meu corpo

E, aos poucos, me desintegro;

E, aos poucos, me liberto;

E, de repente, sonho...

Mirífico refúgio que devolve

A felicidade arcádica, anticorpo

Que me defende, alegre egro

De destino incerto, aberto

À quimeras e entressonhos.

Sempre quando fecho os olhos,

Minh'alma alcança o mar,

Singrando à sombra serena

De teus versos soltos no ar...

Se vejo um pedaço de terra,

Aporto e começo a me aproximar

E minha imaginação exuberante,

No mesmo instante, palpitante,

Nesga a nesga, vai te procurar.

Acostumada aos abrolhos,

Nunca desisto sem tentar.

Meu devaneio é cheio de penas

E, de pronto, começo a voar...

Minhas fantasias são altas serras,

Onde se encerra o meu coração,

Onde procuro, taciturna,

Teu espírito na calma noturna,

Mesmo soturna e sem direção.

Sempre quando fecho os olhos,

Desejo não mais acordar...

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 08/11/2009
Reeditado em 15/06/2010
Código do texto: T1911330
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