Viver a vida

Perdi-me em um mundo sem voltas

Deixei de tecer o tapete da saída

Acabei com o sorriso da impiedade

Fiz das obrigatoriedades da vida, morte.

Integridade da alma em declínio

Submissão do próprio ser.

Hostilizar sua própria existência

Errôneo pensar humano

Descrente da sua grandeza

Entre luxuria e avareza

Assim se faz em quem não fez.

Prendi-me em livre cativeiro

Propriedade substancial luzidia

Que me fez crescer em mente, ainda em vida

Para entender que é preciso viver

Em som sereno e estridente.

Por ora pareço estar à beira da morte.

Pobre homem que bitolado de afazeres

Esqueceu o que é entender

E não entendeu que estou em pleno exercício de mim.

Ímpeto de cegueira

Não viu que apenas acordei

Para viver a vida em vida

Esta que é castelo de rei.

Fez parte de mim permutação

Do ímpio às palavras

Balada da noite em ciência diversão

Perfeita congruência, sonho de menino

Viver a vida até a hora em que bater o sino.

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 06/11/2009
Código do texto: T1908911
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