NUNCA DESISTO DO AMOR
Agarro-me a qualquer fio de esperança
enquanto o sopro de vida permanece;
um olhar carinhoso, a mão estendida,
um gesto de amizade, dóceis atitudes,
esboço de fraternidade, sorrisos gentis
tudo é razão para acreditar no amor.
Não deixo caminhos fechados na jornada,
olhares perdidos, ar de desalento,
melancolia, pessimismo, sonhos mortos;
busco somente estradas iluminadas
por sublimes mãos abençoadas
por onde todos possam caminhar
sem pedras ao longo do trajeto,
sem óbices, desprovidas de obstáculos,
com luares acesos no céu de estrelas,
os passos firmes no rumo mais correto
os olhos a vislumbrar o ponto desejado.
Abraço os anelos positivos, a felicidade,
e vou afastando os espinhos das rosas
para descobrir perfumes nunca dantes
percebidos nos jardins da existência;
as ervas daninhas arranco e desprezo,
afasto galhos secos e árvores caídas
para deixar o chão plano durante
todos os instantes da caminhada.
A vida é bela e curta demais
para ser desperdiçada em lamentos,
já há tristeza em demasia em derredor
agora é necessário somente querer a vida,
não desistir nunca do amor e jamais
abandonar os bons eflúvios da esperança.