Imensidão de um dia.
Terna aurora toca o céu azul celeste
Em gotas de orvalho que pingam serenas
Que me eleva num ar encantado apenas
Ao olhar pra silvestre flor que me reveste
E me anima saber e ver tal grandeza
Mas logo me remete ao passado impuro
Que tanto temo e que me deixa inseguro
Com meu olhar tórrido ante a nobreza
Do remanso doce da plácida aragem
Que me guia e me esperge por sobre o prado
Cobrindo o ignóbil estio de meu fado!
Coração solitário, lobo selvagem
Caminho tão seguro quanto perdido
Continuo assim meu caminho e somente...
Peito em brasas, mas o coração dormente!
O sol não abranda o corpo desfalecido,
Queria morrer, mas nos teus olhos só há vida!
Passa dia! Passa! Leva-me aquele brando
Olhar!... Sim! Leva-me!... Deixa-me admirando
Deixa-me incinerar na tua chama ávida!