OS ANOS PASSAM

Vontades que não têm pressa,
tempo que demora a passar,
a pele perdendo o brilho,
as lembranças que se vão;
Tão longo é o destino,
tão pouco tempo a cumprir,
e o que parece eterno
tão breve se torna sim.
Distante aquela juventude,
os cabelos teimam em clarear,
o corpo arqueja incontinenti,
os passos não têm o mesmo vigor.
Tantas primaveras que passaram,
na pressa nem percebi as belas flores;
meus filhos cresceram e eu não vi,
que dizer dos pores do sol que perdi?
As dores que atormentam o corpo,
maiores que as vontades,
aquieta-se o corpo dolente,
a espera da sorte, descrente;
Prisioneiro do destino,
lembranças do corpo menino.
Mais não vou esperar inerte
que o tempo passe e expire
como a chama de uma vela que se apaga,
dando lugar a inexorável escuridão.
É tempo de revigorar as forças,
buscar a alegria perdida,
com um corpo açoitado pelo vento,
o vigor de dezessete anos e emoção.
 
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Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 24/10/2009
Reeditado em 25/10/2009
Código do texto: T1884896
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