LIVRE
Em algum porto deixei minha bagagem
pois se me pesam os ombros
para que carregá-la?
Em algum vala joguei fora as vicissitudes
as tolas palavras e as indesejáveis lembranças.
Do fardo, os dardos não fazem parte.
Em que lugar do futuro portarei sonhos
e da palavra, o encanto
guardarei no canto feliz da mente?
No tombadilho, um coração alvissareiro
espera atracar.
Quem sabe no próximo porto.
Me despi do excesso
eis-me leve.
Agora caminhar
posso!