LIVRE

Em algum porto deixei minha bagagem

pois se me pesam os ombros

para que carregá-la?

Em algum vala joguei fora as vicissitudes

as tolas palavras e as indesejáveis lembranças.

Do fardo, os dardos não fazem parte.

Em que lugar do futuro portarei sonhos

e da palavra, o encanto

guardarei no canto feliz da mente?

No tombadilho, um coração alvissareiro

espera atracar.

Quem sabe no próximo porto.

Me despi do excesso

eis-me leve.

Agora caminhar

posso!

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 23/10/2009
Reeditado em 23/10/2009
Código do texto: T1883479
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