Conversa jogada fora, porém, muito séria

A vida é um verdadeiro porvir,

Ou um poema, ainda a se traduzir,

Aliás, são coisas inenarráveis,

Sem traduções, são inefáveis.

Aparecemo-nos na vida querida,

Apegamo-nos a ela sem discutir

Se é estúpida, rica ou singela,

Abastada, ou de nada provida.

Dos nossos amigos, pertences,

E dos nossos queridos parentes.

É o sorriso amarelo-contente,

Amarelecido nas falhas de dentes.

Às vezes premiando nefandos,

Ou; da gente zombando.

Fazendo afogados nas pedras

Ou pior, em melaço de aços,

Para tornar mais enjoada...

Ou, em maculado oxigênio,

Gás carbônico de gênio,

Essa fumaça encardida,

Tisnada a entorpecer sentidos

E a ofuscar retinas,

E chegar ao marca-passos.

É a vida-morte citadina.

Viver é a arte de saber crescer

Poderíamos falar da fumaça

Que mata a nossa virtuosa mata.

Não queremos parecer parricidas,

Ou genocidas desta bela existência

De nossos ancestrais-pais.

Então pedimos clemência

Ao Senhor de amor que traça

O final de nossas partidas.

Enquanto o dia permanecer

E a noite volte a aparecer

Triste e esmaecida

Abrindo as nossas feridas.

Cuidemos de nossas vidas ecológicas...

jbcampos
Enviado por jbcampos em 20/10/2009
Reeditado em 20/10/2009
Código do texto: T1877959
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.