Amanhã, talvez...
Se não te apago...
É esperança que permanece
na doçura de cada amanhã,
na simplicidade não dita
no grito morto na garganta
solto pela liberdade do desejo
e da fome de amar
que adormeço e amanheço
na solidão da espera
Se não abraço o que ficou
é que nem tanto creio na dor
tampouco sei se resta amor
pois não sei onde ele ficou
só sei do afastar sem despedida
do adeus sem aceno
da lágrima desconhecida
que rolou no porto, entristecida
Não levou a sério
que fizera da alma amanhecida
deixara perdido o beijo a nova vida
é possivel ser os sorrisos meio amargos
em mistérios a buscar pouso
abrindo em cânticos de amor
hinos de louvor...
em mãos dadas ainda em oferta
daquilo que será, quando o amor voltar.