Bandeira
Que o amor me seja a bandeira de uma revolução branda. E que caiba a mim – e somente a mim – amá-la perdidamente. E assim, quando mais tarde me procure... que eu seja um sorriso gentil, e lhe roube o sorriso mais sincero.
Que a paz que eu procuro, se reflita no olhar de quem amo. Nos versos que eu leio. No irmão que abraço. E que seja feliz, aquele que canta! Que grita! Mesmo que seja o mais desafinado.
Que caiba ao coração, o que não cabe. O pulso, a dor, o amor e o medo. Que caiba ao coração, nossos segredos. Que caiba ao coração, a esperança.
Que os sonhos, não acabem como uma boa noite de sono. Mas que nos inspirem a fazer o impossível. E se possível, voar, como o fez Santos Drummond.
Que os partidos, partindo, partam pra Marte. E que se percam a navegar em concordatas. Afinal, o único partido que deveria existir é o amor. Em todos os tempos gramaticais. Semanticamente corretos ou não. Pois só o amor, sabe o que é verdade. Ainda que eu falasse uma língua ou não.
Que aos namorados... Bom, aos namorados... desejo o mais puro desejo! Os sonetos! As trovinhas! Os braços e seus laços! As canções de amor!
E as mãos, a sutil diferença pra não se acorrentar uma alma. – como disse Shakespeare.
À pele. Ao credo. A fé afã, eu só exijo respeito.
Ser diferente, não é ser pior nem ser melhor do que ninguém. É a penas ser livre!
... e ser livre é bom!
E ao amor...
Bom... ao amor, a força que procuro. A sensibilidade que preciso. A paz que tanto quero. A calma que tanto espero. Afinal, nada melhor do que navegar em águas mansas.
E os sentimentos, sejam crus e óbvios. E eu te ame para todo o sempre.
E por fim,
me seja sábio esperar o tempo que for preciso,
mesmo que pareça em vão.
Pois o coração... Esse um só... É um presente teu!
(Ismael Alves)