RONDÓ DA TROCA DE PLANOS

RONDÓ DATROCA DE PLANOS

Troco, sim, os velhos planos

Por um plano diferente,

Aonde a gente, bem acordado,

Não lesado, ouse aportar.

Entretanto, troca é troca,

O que vai não volta mais;

Mesmo ante os tristonhos ais

De quem toca o mal trocar.

É plausível ter permuta

Quando há nela, respeitosas,

As verdades valorosas

De quem prosa sem lesar.

Troco, sim, os velhos planos

Por um plano diferente

Aonde a gente, bem acordado,

Não lesado, ouse aportar.

Nesta vida tudo muda

E, vezes, para pior;

Já vi pedra virar pó

Sem, contudo, reclamar.

Vi, também, o pó do chão,

Tornar-se mui resistente,

Ao cair nas mãos de gente

Com função de edificar.

Troco, sim, os velhos planos

Por um plano diferente

Aonde a gente, bem acordado,

Não lesado, ouse aportar.

Se feito sem causar dano,

Se moldado em segurança,

Talvez seja uma bonança

Outro plano se buscar.

Um que não seja maldoso

E que bem traga consigo

As justiças que persigo,

Valoroso há de ser cá.

Troco, sim, os velhos planos

Por um plano diferente

Aonde a gente, bem acordado,

Não lesado, ouse aportar.

Quero um novo condizente

Com meu sangue já doado;

Nada mais que meu legado,

Por decente trabalhar.

E se justa aparecer,

Aos meus olhos, nova lei,

As velhas eu trocarei

No entender do bom trocar.

Humberto Feitosa

05/10/2009