A CANÇÃO DA VIDA

Há canções que penetra na alma

Faze-nos mergulhar no passado

São histórias jamais contadas

Que não foram publicadas

Nas rosas apenas espinhos

Ferindo-nos cada vez mais.

Há palavras escritas nas canções

Que nos traz alguma lembrança

Dos passos que já foram dados

Das injúrias corrompidas

Acordos não registrados

Pelas leis dos sentimentos.

Há momentos que ficaram

Presos no mundo da inocência

Como sentir pela primeira vez

O gosto de poder caminhar

O prazer de conseguir falar

O sabor do então primeiro beijo.

Há imagens repetidas nos sonhos

Reproduzidas pela mente

Da primeira professora

Do jogo de futebol no terreiro

Da dança sem ritmo na lama

Sentir as lágrimas de um adeus.

Há uma esperança em cada um de nós

Buscando o brilho da nossa verdade

Quantas vezes choramos ao cairmos

E dormimos angustiados

Um afago, uma palavra amiga

Tornar-se num porto de amor.

Há pendurada lá no imenso céu

Uma estrela que transmite a Fé

É como querer ao longe voar

Quando nem conseguimos daqui sair

Porque a chuva jorra a fria água

Acalmando qualquer desespero.

Há dois tempos que não podemos mudar

O passado que nunca voltará

E o futuro que continua sendo mistério

Apenas podemos mudar o direcionamento

Do nosso desconhecido futuro

Com as atitudes do nosso presente.

Há melodias tristes que transportam a alma

Notas musicais arrancadas do coração

Rimas renascidas do fundo da mente

O alfabeto constrói qualquer palavra

Escreve qualquer história

Mas, nunca traduz a magia da infância.

Há pessoas que muito doaram

Para podermos estar aqui

Uns nos ensinaram os primeiros passos

Outros a primeira lição

Aqueles que abriram meu caminho

E estes que agora estão comigo.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 24/09/2009
Código do texto: T1829541