Efêmero do Belo...

Efêmero do Belo.

Ontem saí pra fotografar...

o Belo...o simples, o natural...

Flores brancas inundavam meu ser,

pra tudo o mais sorver,

intuir no acontecer.

Chão forrado...inusitado...

Beber a tarde, invadida de arte,

suspiros do imensurável.

Pára o tempo, toca a alma.

Leve brisa iluminada

tece florinhas voejantes,

borboletas se enamoram

na cadência do cantante

de poético instante...

Parece que colhem mel,

pra despedir do céu

revelado neste chão...

Amanhã, amarrotadas,

pisoteadas, se despedem

quase mortas, se oferecem,

pela vida da poesia, que alumia

o efêmero do Belo...

Solitárias se despedem,

Tons de sépia desbotado,

estremecem encantadas por viver...

Sumirão todos os sonhos

semeados, recriados

na alma do

amanhecer...

Gaiô.