Corro, Corro , Corrooo
Venho correndo
Páro , penso...
Começo andar mais devagar.
Penso.
Rio, choro.
Estudo, trabalho
Brigo, falo, calo...
Aprecio, desprezo.
O que eu quero?
O que querem ao meu redor?
Não sei.
Ou sei ?
O que eu quero?
O que querem de mim?
Não sei;
Cresço, penso..
Ah, para que pensar tanto?
Torno a andar, mais depressa.
mais depressa,
mais depressa,
mais depressa...
Já não tenho tempo
de pensar.
O mundo me abafa
e começo a correr de novo.
Corro, corro, corrooo...
até parar
de uma
vez...
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Rio Claro/SP, 13/11/1971.
Publicação:
in Antologia Literária LETRAS ACADÊMICAS, Vol. VI, AJL,
Academia Jundiaiense de Letras, Ed. Literarte, Jundiaí/SP,
2000, p.131