TRISTEZA NO SERTÃO
Natureza que pede socorro
Terra seca, estéril
Carrego te em meu peito.
Tenho vontade de plantar
de colher
de ficar aqui
Vidas quase esquecidas
Esperanças quase perdidas
Vida sem cor
Sem valor
Sem amor!
Com muita dor
Com muita luta
Paladar que não rejeito
Farinha seca
Mandioca crua
Lascas de rapadura!
Sem ter hora...
Que vida dura!
A seca mata gente.
Seca a terra ,
Os olhos
O coração..
Seca a vida!
Esperam que o doce equilíbrio
Suavize o paladar, o sabor
O sabor da esperança..
Esperança que fica
Esperando fartura de vida.
Sem sorte,
Lutam contra à morte.
A vida tem seu valor!
O mais doce mel,ou
O mais amargo fel.
Teriam o mesmo sabor,
Naquelas circunstâncias da vida...
Chuva,
Remédio que alivia
Minha vida.
OBS:Esse poema foi feito após
leitura da obra
" O QUINZE" de
Rachel de Queiróz