O segredo das borboletas

Eu me desdobro

Metamorfose de mim

Crio asas, visto cores

Cirurgia plástica na minha alma

Ludibrio a beleza em asas coloridas

Em busca do néctar secreto

Que traz a leveza dos vôos das borboletas.

A puerilidade se faz vil

Num instante

O relógio caminha apressadamente

O tempo é atroz, veloz

Não há tempo para vôos

Embebidos de beleza fantasiada

Disfarce das emoções.

O sigilo...

É preciso voar

Há um enigma

Não sou bom em decifrações: Ameaça!

A linguagem dos vôos

As minhas asas não conseguem falar

E balbucia, engatinhando pequenos passos na suave brisa.

Outra vez,

Forma original

O tempo desfez o meu tempo

Construiu a muralha das horas atemporais

E, no desafio da descoberta,

Amanhã

As borboletas vão ter que me contar!