EU ACREDITO

Eu acredito na vida

Na vida dos que têm fome

Na vida dos que consomem

Na vida e nas desditas

Dos doentes e dos feridos

Na vida dos mais queridos

Na vida dos esquecidos

Na vida dos que não ouvem

O grito dos desvalidos

Acredito na vida

Dos ricos e portentosos

Dos que não sentem frio

Dos que têm por guia a sorte

Dos que não pensam na morte

Dos que vivem acima

Da vida dos infelizes

Dos parias e dos famintos

Acredito também na morte

Antítese certa da vida

Quando seremos iguais

Por isso acredito na vida

E na morte como final

E como supremo juiz

Lucilia Cavalcanti
Enviado por Lucilia Cavalcanti em 07/09/2009
Reeditado em 29/09/2009
Código do texto: T1797673
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