MEU DESEJO

(Poesia resgado de 1976)

Oh martírio meu que sensação devastadora

Deste sonho que tenho de amar em vão.

Já que no mundo não encontro tal sonhadora

Porque então sonhar? Se não encontro emoção.

Mas que impugnancia me aconselha aos dissabores

Não me ames. Não queiras. Seja triste e infeliz.

Mas isto eu não quero. Eu quero mil amores.

E será tão difícil encontrar neste país?

Talvez seja oriundo em confessar meus tormentos

Sejam eles alegres ou tristes e sem ensejos.

Mas basta-me segurar estes meus sofrimentos

Nas faltas destes seus carinhos e suaves beijos.

Seria triste ser frio e impugne desta vida doce

Pois se alguém me deu a vida foi para amá-la

E queria que este meu desejo sempre fosse

Uma ânsia de fervor para sempre contigo deixa-la.

Mas fico eufórico que ainda assim não seja

Pois confesso que apesar de estar apaixonado

Não sei o que você quer e o que deseja

Quando deixa no mundo alguém magoado.

Sejas sincera e diga que não é nada assim

Diga que me ama, que me quer com todo jeito.

Que lhes direi tudo o que sinto dentro de mim

E tudo que de mim houve de você desfeito.

Talvez sendo sincera tudo chegará a conclusão

Eu a amo. Você também me ama ao infinito

Porque não solta o que sentes neste seu coração

Para amarmos e vermos tudo que é bonito.

Sede sincera contigo mesma e veja

Tudo ao seu redor é belo. É lindo.

Não negues àquele que muito a deseja

E verás no mundo tudo sorrindo...