Gente e gentes
Gente e gentes.
Gente que vive... Por esperança... Por audácia.
Gente de pouca fé... Pois Troca... Por bugalho.
Uma decisão como cidadão de Papel.
Devido sua insanidade, inculcada...
Por umas gentes
Que não são gentes da gente.
Gentes que hospedam em seu cerne...
Um caráter duvidoso...
E semeia por onde andam..
Um analfabetismo Político delineado
Por capitalismo insaciável.
Gente...
Que vão e vem em prosa...
Rir e chora e não perde sua graça, majestade.
De reinar entre água e Fogo.
Ora operário, ora padrão de uma labuta incansável.
Da espera de uma Educação salutar.
Que seus olhos de boto
Adormecem no infinito da paisagem do rio Jari
Possa ver, sentir e viver...
Um Jari de gente que gosta de gente.
Despertado por este conhecimento peculiar.
Como falava Freire, respeitar a crença em acreditar no boto.
Gente que estar cansada de gentes.
Que vive as margens do rio Jarí.
Para sua água beber e secar...
E nunca, mas voltar...
Gentes em forma de sereia...
Que canta e encanta com sua beleza rara...
Seu canto esconde os rombos.
Dos cofres da gente que não sabe...
Que este tesouro é da gente.
Pobres analfabetos políticos...
Que confundem alho com bugalho.
Alho este que pode deixar seu odor...
Na historicidade da gente de Laranjal do Jari.
Se não houver uma Educação...
Que ensine gente gosta de gente...
E saber de longe conhecer gentes...
Que só querem enriquecer a custa da gente.
Gentes que não são gente como a gente.
São coisas... Que precisam aprender a ser GENTE.
Galbano do Jari.