A cigarra
A Cigarra
Tentei refazer meus velhos escritos de poesias,
mas como posso refazer oque senti um dia?
Como posso querer reestruturar uma emoção,
que já tem no passado uma forte fundação.
Todos aqueles escritos são canetas mortas,
não posso esquece-los, pois me abriram portas.
Mas não posso vive-los, não são meu presente,
são palavras com cunho concreto e ausente.
Dessa forma crio uma nova saída,
para a entrada que me deixa essa ferida.
De esconder em farto campo uma fértil mente,
e ao usa-la, temer, pois são poucos que a compreende.
Sendo assim me solto dessas algemas,
e vou em busca das minhas novas lendas.
E das idéias e pensamentos escondidos,
voltei agora e saio dos meus esconderijos.