CICLOS E CICLONES

Quis a ternura de mãos abertas

De braços estendidos para oferecer...

Mas teus punhos se cerraram

Ao redor dos meus sonhos

E com pancadas violentas

Profanaste o nosso passado

E assassinas-te, no presente,

Nossa promessa de futuro

Ainda é noite e, apesar do escuro,

Posso ver o ódio iluminando teu rosto

E sentir, em palavras duras,

O gosto amargo da humilhação e dor

Transformando em heresia, hoje,

O que ontem chamou de amor

Regando veneno em nosso jardim,

Matando as cores de um botão em flor...

Mas nada escapa ao paciente tempo

Que se encarrega de reciclar

Tudo que é vida, tudo transforma

Num novo ciclo ao se completar...

Nascer de novo, rever o sol,

Sentir o cheiro da terra, o vento,

Criar raízes, se estruturar,

Brotar a flor, virar botão

Desabrochar e perfumar...

susybar
Enviado por susybar em 25/08/2009
Reeditado em 26/04/2011
Código do texto: T1773561
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