Como águia renasce...
Vejo uma mulher a caminhar
E no rosto a tristeza deixas transparecer
Mulher que trás na alma o pranto
E a dor de nunca poder se feliz
Triste caminha,sem alento,cabelos ao ventos
E nos olhos a lágrima teima em aflorar
Onde andará a tal felicidade
Que um dia pensou encontrar?
Mãos no bolso,olhar ao longe
Pés cambaleantes, implorantes,
Arrastam-se pala estrada da vida
Rasgando-se o peito agonizante
O que leva tal mulher a esse estado
Onde cria sua redoma emoldurada?
Não é de cristal,nem de metal
É uma redoma de gelo real
Porque esta mulher criou essa barreira?
Nos olhos os sonhos vêem a perderem
E o corpo que outrora foste lindo
Hoje enverga a dor tão sentida e vivida
Vejo-a enxugar o pranto sentido
De tão só caminhar nesta vida
O corpo estremecer num soluço
Desejando apenas ser feliz
Mas poderá querer ainda ser feliz?
Poderá sonhar com um amor?
Talvez seja tarde,tudo esteja vencido
Já não se pode viver uma vida
Vejo-a deixar o corpo cair lentamente
No chão se curvar num doce lamento
Qual uma águia se fere a sangrar
Para novamente ressurgir,forte,valente
Vejo-a agora a alçar seu vôo,livre
Levando no rosto a esperança
A encontrar o seu Sol no infinito do céu
Para poder sorrir e caminhar avante
Tal qual o vento, alçou seu vôo
A procurar com o olhar a felicidade
Mas sabe porem que essa já é saudade
Nunca a poderá viver novamente
Que venha um novo amor
Que no coração renasça a paz
Que as lágrimas do passado
Se transforme em pérolas valiosas
Vejo-a agora renascer, forte, valorosa
Seguir em frente,olhar com os olhos astutos
Percorrer o mundo a encontrar o sentido
Já não mais choras,sorri contente,feliz
Rosa D Saron
Goiânia,11/08/2009