O BANCO da praça nº I

A folha seca de outono

voa desentoada da sua estação

assim vai a minha vida

descompassada do meu coração

Sem rumo, sem esperança

da primavera desabrochar

esperando no banco da praça

por alguém que não vai chegar

Com as lembranças quentes e meigas

do outrora tempo de verão

que partiu sem deixar rastro

me abandonando a triste solidão

Enquanto o vento não morre

ainda posso continuar a vagar

esperando no inverno de martírio

por alguem que não vai chegar...