Enquanto...
Enquanto um amor novo não me chega vou escrevendo versos na areia, rabiscando paredes, suspirando aos olhares que me fazem bem... Devotando-os conscientemente de sua realidade...
Vou de saudades vivendo, fazendo dos meus amores passados; passados amores que já não são mais flores nos jardins de minhas primaveras!...
São esses amores idos fotografias velhas, guardadas para recordar...
Não são mais causa; são efeitos que já não feitiça mais meu ego...
Amores deixados em papéis... Sem melancolias mais! Amores que afagam e não mais ferem...
Sou livre! Um pássaro debruçado nas nuvens assuntando a vida correr sob suas asas...
Sou moço! Sem mais soluços noturnos... Pois sou sábio que num olhar novo, desses que me fazem bem, possa lá estar o reflexo do amor tão Ande que em meio peito vive a borbulhar!...