Alma Grande
Felicidade!?
Vai vir caminhar entre as nuvens do meu mundo quando?
O tempo passa, e a frieza das almas me é sempre um espanto.
Parece que tudo é silêncio nos cantos peito, e nada dá jeito.
A saudade aumenta cada dia mais um tanto, e ninguém vê.
Perco o fôlego, travo os olhos, me recuso a crer que nascemos pra sofrer.
Cai a chuva de cura.
Limpa alma, limpa a rua.
Alveja a vida. Apura.
Satura a cidade de vigor.
Leva pra longe esse ardor.
Abri as janelas pro vento.
Soltei letras no tempo.
E a alma ainda pede espaço aqui dentro.
De toda a forma inquieta, incontínua.
Porque não forma a forma do meu ser?
E há de ver.
Outras almas tão pequenas vagam sem ao menos saber.
Eu, o que devo ter?
Uma alma de tão grande, de gigante em corpo de menina.
Só quer ser alimentada de prazer.
E o fogo do amor?
Apagou-se?
Perdeu-se?
Foi-se na orla do precipício modernidade?
Estou sentada na cidade, esperando ele me aquecer.
Em toda minha sede, nada sacia.
Meu mundo é agradável, onde minha alma é notável.
O céu é sempre rosa fim de tarde.
Enquanto as janelas da alma batem.
Espero amor de alma e vontade, perpetua felicidade pra viver.