A Arte da inocencia e vida
É tua cara
É teu rosto
São tuas faces
Eu lembro ainda dos olhos
Lembro ainda da inocência
Era tudo amor, sem tendência
O pecado era a descoberta maior
Não tinha medo, não era pecado
Era saudavel ser errado
E já foi tudo perdido
O sertão é pelo pó varrido
As saudades são esperança e libido
O toque não tinha espinho
E se machucava não tinha segredo
A cor do sangue era bonita
Sangrou a desilusão
E foi depois a vida pedir perdão
Reconstruir o elo perdido, criar a religião
Agora que sei, não sei se vale a pena saber
Preferia amar sem querer
Ser uma criança, sorrir esperança
Odiar com tanta inocência...
Ai inocência...
Vale mais que nossos mil escudos
Que mil músculos parrudos
E já que não volta, o negocio é viver
Deixar minha malícia bem longe
E continuar na cabeça bem viva
A arte de amar a vida