A Arte da inocencia e vida

É tua cara

É teu rosto

São tuas faces

Eu lembro ainda dos olhos

Lembro ainda da inocência

Era tudo amor, sem tendência

O pecado era a descoberta maior

Não tinha medo, não era pecado

Era saudavel ser errado

E já foi tudo perdido

O sertão é pelo pó varrido

As saudades são esperança e libido

O toque não tinha espinho

E se machucava não tinha segredo

A cor do sangue era bonita

Sangrou a desilusão

E foi depois a vida pedir perdão

Reconstruir o elo perdido, criar a religião

Agora que sei, não sei se vale a pena saber

Preferia amar sem querer

Ser uma criança, sorrir esperança

Odiar com tanta inocência...

Ai inocência...

Vale mais que nossos mil escudos

Que mil músculos parrudos

E já que não volta, o negocio é viver

Deixar minha malícia bem longe

E continuar na cabeça bem viva

A arte de amar a vida

Don Dantexote
Enviado por Don Dantexote em 19/06/2009
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