Impermanentia
A desolação que toca o piano,
Possui o dom de fazer viajar
Os pensamentos por entre terras
De sonhos distantes.
Faz sentir navegar
Por além mares eternos
Em lacunas oceânicas
Lagos encravados n´alma.
Onde velejam barcos
Por meio das galerias de momentos,
Expostos em muros dos tempos,
A vida de cada um,
Passeia no espaço atemporal
Disposto e escancarado
De par em par nos pedestais
Celestes e caleidoscópios
Como um espelho refletindo
As faces desnudas de cada ser,
Vivente perdido na impermanência
Revigorante diária.