Repetição
Por que o medo, se o dia é claro
e a chuva passou?
Por que a tristeza, se o amor foi vivido
e a angustia aplacou?
Por que a solidão se o amigo antes
distante agora voltou?
Como não amar a vida?
Como não retomar a alegria perdida?
Como não recompor o sonho quebrado, o amor
sufocado, a alegria esquecida?
Se a cada sonho desfeito,
a cada amor não vivido,
a cada alegria perdida o
coração pede mais, a alma pedo bis.
E o copo exige o calor de um novo amor.
E então...
Será de novo tristeza?
Será de novo solidão?
Mas o que será tudo isso, senão
o destino inexorável de
qualquer coração?