COMO UM MANEQUIM.
A solidão no meu quarto me grita; já basta,
Escondo meu lamento na penumbra que rasga a madrugada,
Os segundos passam lentamente, procuro alegria e resposta,
Mais minha cabeça esta vazia, e choro entre gargalhadas.
Procuro consolo nas lágrimas que brotam da minha alma,
Pergunto-me por que o sol só nasce para outras janelas,
Minhas esperanças aos poucos foram embora, sumiram,
Minhas flores começaram a fenecer, só me restou à espera.
Então para não me perder nestes labirintos de pensamentos,
Procuro fábulas, invento sonhos, criando falsas histórias.
Observo as horas terminarem de florescer, já é novo o dia,
Como um manequim, criando vida, a brisa suave me conforta.
No meu peito, meu coração camarada bate agora manso,
E eu sinto que ainda tenho muitas coisas para viver,
E procurando apagar o cinza deste novo dia que me alvorece,
Sinto um calor gostoso e espero o sol, para minha janela agora nascer.
SALVADOR. 03/06/09.
DOCE VAL.