Sou filho da esperança por dias melhores

Ando com o bolso cheio de sementes

de ternura para semear aonde vou

mesmo que encontre terras áridas

e planícies geladas e sombrias

A qualquer instante saco dos lábios

um sorriso e deixo o gesto contagiar

todos com quem cruzo no caminho

- malgrado os céticos e insensíveis -

Anoto nos relevos do meu coração

com a tinta do perdão os insultos

sem esquecer de devolver as ofensas

com a simplicidade da compreensão

Sou filho da esperança por dias melhores

neto da velha senhora chamada paz

sobrinho da sorridente fraternidade

e irmão da singela solidariedade

Faz-me a cabeça um amor sincero

na junção de doces gestos de carinho

e aqueles ternos olhares que se

eternizam por seu ar significativo

Podemos, sim, cultivar o entendimento

semear o diálogo e as cartas abertas;

viver é o exercício diário da paciência

e do respeito mútuos, simples assim.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 05/06/2009
Código do texto: T1632747
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