MAS AINDA TENHO ESPERANÇA

Certo, não passo de um sonhador,

mas ainda tenho esperança

de ver lutas transformadas em dança

e o diálogo sendo o grande vencedor

E quero levar comigo essa quimera

dela jogando na terra a semente

sendo o único romântico somente

a crer numa existência sincera

Vou dos campos olhando os lírios

com lágrimas regando as flores

chorando pelos martírios

da civilização dos horrores

Penso em armas enferrujando

por absoluta falta de uso,

nas ruas músicas de Caruso

e todos os povos se abraçando

Apoio-me no cajado da poesia

caminho com as pernas da certeza

de que o sorriso mudará a natureza

de homens que desconhecem a alegria

Acham esse anelo impossível?

Comecemos educando as crianças,

tornemos tal fantasia visível

e continuemos tendo esperanças

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 30/05/2009
Código do texto: T1622516
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