Meu anjo
Singelo e doce sonho de amor.
Por que veio me deslumbrar?
Como brisa ardente que passa a me fascinar,
Como lírio entre a relva!
O que escondes?
Onde queres me levar?
Nitente sonho, sereno e suave:
Trilhes minha alma para o mais longe campo,
Traga-me do límpido vale o meu belo anjo.
Murmure-me o seu nome.
E peça-o, quando a aurora do sono aparecer,
Que me presenteie com um meigo e augusto beijo.
E não deixe morrer-te sonho!
Até que eu prove este delirante afago
Em meus rubentes e esperançosos lábios.