A palavra fim.

Como poeta eu nunca irei dizer

Que está me faltando a inspiração

Sobre um turbilhão de coisa posso escrever

Desde um pensamento até a mais bela oração.

Uma abelha no seu vai e vem apressado

E a folha seca caida e jogada ao léo

O jardim pequenino mas bem cuidado

Aquela nuvenzinha branca passeando no céu.

Um clipe abandonado no canto da escrivaninha

O espaço sideral com sua imensa realeza

O revoar ligeiro de uma humilde andorinha

E a mulher brasileira com sua grande beleza.

Uma cigarra com a sua alegria no verão

A casa do João de Barro na paineira florida

O coaxar de um sapo na curva do ribeirão

E a imagem da lua clara no açude refletida.

Um tico-tico se espojando na areia

A chuva mansa molhando a terra devagar

Uma joaninha que sobre uma petala passeia

A saudade dolorida que faz a minha poesia chorar.

Sepre haverá algo digno de ser escrito

Por pequeno ou grande que isso for

A caneta do poeta faz o triste ser bonito

Tambem transforma em belas rima um dor.

Quando sentir que tudo estiver acabado

Vou me inspirar então na palavra fim

Pois rima com a frase:DEUS misericórdia de mim

E não me deixe entre as cinzas jogado.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 19/05/2009
Código do texto: T1602012
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