Voltas da noite

Vem chegando a noite e o vermelho-sangue de um sol que morre se espalha pela tarde.

E o peito vai-se apertando; guardião que sou, deste templo de sofrimento, mal sei o que me espera no breu da madrugada.

Mas espero na lembrança

De sua face iluminada.

Hei de virar a noite

E alcançar a alvorada.

Eu sou forte, sou guerreiro,

Sem meu anjo não sou nada.

E o frio, e a madrugada, e a solidão são parentes que se unem para apagar o meu sorriso e despojar-me do alento, deste alento que é tão necessário para mim.

Mas existe uma esperança

Uma esperança iluminada.

Hei de virar a noite

E alcançar a alvorada.

Hei de achar seus carinhos,

Hei de encontrá-la, adorada!