O SOL HAVERÁ SEMPRE DE SURGIR

Há sonhos que esvanecem

no ar e se tornam quimeras

que ficam como nuvens

no céu de nossa memória;

um turbilhão de devaneios

se espraia perdido como

partículas sem objetivo

Nesse vai-e-vem de desejos

contidos e jamais concretizados

parece nascer o inusitado, o caos,

o rolar de rochas montanhas

abaixo das emoções não

vividas, das incompreendidas

vontades esquecidas no porão

dos pesadelos incongruentes

Mas ainda que a tempestade

roufenha grite seu terror e espalhe

o medo instintivo nos homens

o sol haverá sempre de surgir,

por vezes em meio à chuva,

queimando os grossos pingos

dágua e secando as lágrimas.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 12/05/2009
Código do texto: T1590382
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