Memória
De outrora a memória apenas,
Perpassa e transpassa em poemas
Lembrança de um tempo vivido.
De amores, de dores, sentidas.
Foram bons, mas como Atenas,
Também teve mazelas e cantilenas
Faz parte da história antiga,
Que aqui rascunho na barriga.
Se recordo aventuras-meninas,
Porque estiveram nas esquinas
É que foram mágicas e reais,
Deram a pedra de toque dos ais.
As sinfonias tocadas, sentidas,
Melodias ouvidas e bem descritas
Onde humanos fomos ainda mais,
De mãos e corações dados no cais.
Amantes, abençoados em festa,
De um amor puro que se manifesta
Premiados de encantos, quimeras!
Viveremos para sempre as esperas...
E no avançar das eras,
Tudo o mais eu quisera...
São sonhos, ilusões...
Dedilhando o violão.
E então, só o quê me resta!?
Deixar entrar pela fresta,
Pelas portas... Pelas janelas,
A poesia tão bela!...
Dueto: Nice Aranha & Hildebrando Menezes