HÁ DE SER
Horas incertas, se amiúdam em meus pensamentos,
tudo quanto desejei e não tive.
Ah, quanto almejei conseguir,
quanto tentei alcançar,
mas só encontrei um sopro de existência;
nada me foi legado.
Do triste reencontro com o passado,
vejo réplicas de derrotas.
Não, não entendo os motivos,
as flores crescem, são cobiçadas,
minhas mãos tentam tocá-las,
elas fogem, escapam.
Os frutos são colhidos,
não os tenho, não os cultivo.
Que angústia, que perda há em mim,
tudo se esgota.
Não, não vou reclamar,
tenho fé, você há de vir;
minha flor que dará frutos,
que dará paz,
que recolherá minha tristeza
transformando-a na alegria,
na fé de ser... de existir.