Verde Esperança

Nos três últimos versos de «Melancolia Breve» Thereza Green (RdL, 29/04/2009.- T1566190) ressente-se:

Cada um divaga com hesitação nua

Almas perdem-se numa distância estranha,

Vê-se o sofrimento, uma mágoa na entranha.

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Poeta sentida, divagamos: certo.

Também não achamos a proximidade íntima.

E sofremos... esquecimentos não procurados

ou talvez sim, talvez os procuremos

como lenitivo e conforto perante tanto

sofrimento inesquecível, sempre presente...

Sem embargo de toda a dor que nos investe,

somos capazes de esperar, como prado ameno

oferecido ao amor do vento suave e das águas

inquietas, cristalinas, habitadas por ninfas

inocentes e ingénuos meninos ... Sol de rosas

tímidas e Lua de braços estendidos até à leve

claridade do alvor...

Esperamos, esperamos...