SÉCULO XXI
(...) Vivemos numa divina decadência musical...
Que alucina e manifesta um sombreado vocal... —
No caos profundo!
O tum-tum dos baticuns prosperados de mau gosto,
E os insanos na balada da resignação do indisposto —
Ao iracundo.
No balanço do balancê, que degenera uma desprovida
Sociedade... Enfeitiçada pela regência entorpecida... —
Mal d’abjeção.
Decompõe a decrepitude errônea da pretensiosidade,
Na dor da ilusória esperança por encarar a verdade... —
Por abdução.
Senhor Deus dos insanos, preparai a virtude sobre o mal
Do sorrateiro, iludido no clã da irmandade desse Animal
Involuído!
Será que vale a pena sofrer a desventura irradiada no verso
Da aberração, simulada de tamanha imbecilidade no reverso,
E sem sentido?
Século XXI, acordai para os movimentos do real Viver...
Na beleza e na satisfação da glória, e, no infinito prazer
Da exaltação!...
Cantai as lindas melodias, na esperança e na satisfação
De liberdade, e no bel-prazer, que eleva o nosso coração —
P’ra sublimação!
Paulo Costa
Março de 2009.