TRAVESSIA
Eu vi o abrigo do condor,
A cor da liberdade,
No olhar do Redentor,
A absoluta verdade.
Vi a miséria hospedada,
Em olhares tão incertos,
Muitas almas indignadas,
Com o descaso dos “espertos”.
Eu vi o sonho inacabado,
As grotas mais escuras,
O medo bem ao meu lado,
Quando saí à minha procura.
Vi o meu eu sem mim - perdido,
Folha seca no riacho,
Tantos eus refletidos,
No eu que não me acho.
Eu vi a dor do retirante,
No universo que não é seu,
A loucura se curvar diante,
A genialidade de Amadeus.
E me vi esperançado,
Apesar da inconstante travessia,
A cada dia alimentado,
Pelo doce amor de *Maria.
--------
* minha mãe
Eu vi o abrigo do condor,
A cor da liberdade,
No olhar do Redentor,
A absoluta verdade.
Vi a miséria hospedada,
Em olhares tão incertos,
Muitas almas indignadas,
Com o descaso dos “espertos”.
Eu vi o sonho inacabado,
As grotas mais escuras,
O medo bem ao meu lado,
Quando saí à minha procura.
Vi o meu eu sem mim - perdido,
Folha seca no riacho,
Tantos eus refletidos,
No eu que não me acho.
Eu vi a dor do retirante,
No universo que não é seu,
A loucura se curvar diante,
A genialidade de Amadeus.
E me vi esperançado,
Apesar da inconstante travessia,
A cada dia alimentado,
Pelo doce amor de *Maria.
--------
* minha mãe