«Apego-me a esperança...»
Leio o poema «Destino!», da poeta Suelen Loucura Total (RdL, 12 de abril de 2009.- Código do texto: T1535725), que começa:
Oásis da existência!
Passageiros! Eis, o que somos neste mundo.
Aguardando, os momentos desejados [...]
Todo ele é um grito de dolorosa esperança... Assim o li, esperançado, apesar de tudo. Tanto que reparei, quase fitando-os, neste grupos de versos, que me provocaram a corresponder:
Foragida, em busca
da bem aventurança...
Com certa manha e sutileza,
abro as portas fechadas.
Apego-me a esperança e,
formosamente sigo adiante.
Eis a minha réplica, tímida, quase sussurro:
Como loucos, sem sentido,
caminhamos pela vida à procura
de esperanças que consumimos no amor:
Dia a dia e mesmo na noite
desabrochamos as portas e os lábios
e os pensares às auroras da alegria, voláteis
como pássaros a entoarem o futuro da incerteza:
Acendemos melodias de beijos sobre a carne o no vazio
para formosamente continuarmos a tecer nevoeiros
subtis, mas luminosos, de esperança...