Vida!
Na roda da vida a agonia
Faz morada na alma exaurida.
A dor de viver supera o medo.
Da morte!
Um sabiá explora o jardim
Engole o verme solitário
Sobras da goiaba apodrecida.
Decomposição!
Um tapete de folhas secas
Enrola seus restos
Nos dejetos dos porcos.
Fedor!
O poeta esse ser paradoxal
Olha tudo isto
E escreve um poema
Glorificando a vida!