A RUA DA ESPERANÇA
A RUA DA ESPERANÇA
Juliana S. Valis
Olhe bem, amigo, o mundo à sua volta,
E se a revolta cruzar a rua da esperança,
Sem o medo que avança numa pista sem escolta,
Verá que a realidade é um suporte da lembrança,
Como a criança que brinca e não se importa
Se o tempo passa, ou se o vento alcança
O sentimento máximo que a paz exorta...
Olhe bem, de fato, o que nos traz esse instante
Nas linhas senoidais entre lágrimas e risos,
Entre altos e baixos de uma roda gigante
Que constitui a vida, em momentos precisos !
E quando, no silêncio, uma ideia dança,
Repleta de emoção no palco da existência,
O amor caminha célere até a rua da esperança,
Sob a lua que ilumina a nossa própria essência.