F R A G I L I D A D E
Sinto-me
Uma doce menina,
Delicada e muito frágil!
Mesmo quando forte, eu pretendo ser,
Perco-me em pontos sensíveis,
Como este amor por você.
Despertando, ponho-me a meditar
Na noite longa que antecedeu
E que novamente não consegui dormir.
Então percebo a dimensão
E chego a me admirar com minha fragilidade
Diante deste amor, que em primeiro instante,
Pareceu-me tolice, uma grande bobagem,
Um fato que eu havia subestimado
E hoje me leso, longe da realidade.
O que pensei ser tolice,
Intrometeu-se em meu intimo,
Assumindo proporções incontroláveis
Machucando de forma profunda
Causando-me dor e terrível asfixia,
Proporcionando a colossal insônia,
Roubando o sono a maldita agonia.
Procuro mentir a mim mesma, fingindo,
Que posso me libertar e seguir livre
Mas este é um engano que vai corroendo,
Revolvendo ainda mais minhas feridas,
E pesquiso a cura para cicatrizá-las,
Preciso encontrar o remédio certo
E chego sempre à mesma conclusão:
O remédio que procuro esta em seu poder
Na verdade de seu amor, de seus carinhos,
Que em doses amplas serenará meu coração,
Que feliz, só quer lhe pertencer.