D E S E J O S
Existem momentos,
Que me encontro solitária
Fingindo a mim mesma
Que quero lhe esquecer!
Porem deparo-me com a realidade,
Sem controle sinto a presença
Deste amor impregnado
Tomando conta de meu ser.
Procuro fechar os olhos do coração,
Pretendo ser indiferente, enganando-me,
Tentando controlar meus olhos humanos,
Mas cegá-los é impossível
E é inútil ensaiar uma dureza
Que não tenho forças para sustentar.
Quando acho que vou libertar-me,
De um sonho! Que não foi o seu sonhar!
Invade a tristeza, deixando-me abatida,
De um jeito que não sei explicar.
A perplexidade apossa-se de mim
Pois não sei por que ostento
E me conformo com sentimentos
Agonizantes e negativos assim!...
Culpo-me, porque os apóio firmemente,
Sem ter certeza se devo expulsá-los.
Em minha fragilidade sou dependente
E dispo-me em total franqueza,
Procurando lhe convencer
Que o meu amor, a minha vida,
O meu corpo arde, inteiramente
Em desejos de lhe pertencer.