O vestido escorrega na pele,
Alva de amores,
Levemente tratada pelo perfume de cereja.
Um toque de blush.
Soltando os cachos escuros,
De um olhar confuso armo-me.
O que terei de errado
Além da óbvia inseguança?
Como ser segura
Se nem amada fui?
Como permitir ser amada
Se ninguém é capaz de ousar?
O que está incorreto?
Coloco os brincos.
Salto alto.
Fito o espelho,
Sincero e mentiroso amigo.
Abro um sorriso,
Enquanto rezo para ser notada
Por alguém que me veja como mulher.
Mais do que amiga
Mais do que capacitada
Mais o que apenas um rosto atravessando as ruas.
Uma último olhada.
Saio.
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 13/03/2009
Código do texto: T1484110
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