QUANDO AS LÁGRIMAS DESCEREM

QUANDO AS LÁGRIMAS DESCEREM

Sônia Sobreira

Quando as lágrimas descerem,

quando os sonhos se perderem

e a esperança fenecer.

Quando o temporal chegar

e a corrente me arrastar,

sem ninguém me socorrer.

Quando um amigo me trair

e magoada sucumbir

pela dor da traição:

Eu não perderei a fé,

estarei aqui de pé,

enfrentando a provação.

Quando o esmorecer da tarde,

provocar grande saudade

da minha infância querida.

Quando ao som da Ave Maria

se calarem as cotovias

lá na torre da ermida.

Quando ouvir a ladainha

e sentir-me tão sózinha

sem ninguém no coração:

Eu não perderei a fé

estarei aqui de pé,

enfrentando a provação.

Quando tudo der errado

e as lembranças do passado

me fizerem soluçar,

pelas dores que passei.

Quando o peito for ferido

ao perder alguém querido,

sem ter chance de ajudar:

Juro, sem medo de errar,

pela luz que me alumia

que eu não perderei a fé,

estarei aqui de pé,

escrevendo outra poesia!

SÔNIA SOBREIRA DA SILVA
Enviado por SÔNIA SOBREIRA DA SILVA em 06/03/2009
Código do texto: T1473245
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